quarta-feira, 9 de abril de 2014

SONETO DO TRISTE FIM

Rafael

Vinha doente há algum tempo
Caminhava, tropeçando, mas caminhava
Não via que a doença se instalava em si
Estava cego. Supôs como pequeno incômodo e nada mais

O tempo passou
Arranhões viraram feridas profundas
Tão profundas que não via na superfície

Tentou lutar. Tentou reagir
Somente a força de vontade não foi o bastante
Estava alastrado, corroendo internamente
Sem se dar conta já estava na UTI

Respirava por aparelhos
E ainda assim não desistia
Sua vontade era grande

Não poderia, contudo, lutar sozinho
Sua resiliência se envergou
A triste realidade estava posta
Sua felicidade já era morta

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