terça-feira, 30 de novembro de 2010

Bolo de aniversário do Cruzeiro

Hoje, dia 30 de novembro, houve o tradicional bolo de aniversário da cidade no Ginásio de Esportes. Na ocasião foram homenageadas várias pessoas que se destacaram na cidade, e por conta do recente lançamento do livro, fui um dos agraciados com um troféu. Fiquei muito orgulhoso e tenho de agradecer ao Fábio, meu amigo e Gerente de Cultura e ao pessoal da Administração Regional, no nome do administrador Expedito Alves. A seguir algumas fotos do evento de hoje pela manhã.



Cruzeiro comemora 51 anos com livro que conta a história detalhada do local

por Leilane Menezes, do Correio Braziliense, 30/11/2010.
Foto de Rafael Ohana (CB/D.A.Press)


Os primeiros moradores do Cruzeiro tiveram uma recepção inusitada ao chegar à cidade. Em 1959, cobras, papagaios, veados e gaviões circulavam tranquilamente pelas ruas e misturavam-se aos habitantes pioneiros daquela região. A vegetação, até então vasta e virgem, aumentava o sentimento de estar em meio à natureza selvagem. Esses e outros relatos fazem parte do livro Cruzeiro, retratos de sua história. A publicação organizada pelo historiador (e morador da cidade) Rafael Fernandes de Souza, 33 anos, brinda o Cruzeiro em seu 51º aniversário, comemorado hoje.

No livro, Rafael reuniu informações coletadas durante estudos acadêmicos (graduação em história na Universidade de Brasília e especialização), entre 2000 e 2009. “Eu senti dificuldade em encontrar material escrito que contasse a história do Cruzeiro. Por isso, nasceu a ideia de fazer o livro”, explicou o historiador, que mora na cidade desde que nasceu. Os exemplares foram confeccionados com patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), do governo local, e distribuídos em escolas públicas, além de estarem disponíveis na Biblioteca do Cruzeiro.

O autor ouviu personagens importantes, que ajudaram a escrever a trajetória da cidade junto da própria história de vida. Gente como a enfermeira aposentada Ivone de Araújo Eduardo, 79 anos, carioca e conhecida como a primeira moradora do Cruzeiro. Ela veio para a cidade, em 1959, ao lado do marido, em busca de trabalho. É de dona Ivone o relato sobre os animais que corriam soltos nas ruas do Cruzeiro. “Também havia índios na região. Eles eram educados. Até hoje alguns vêm à minha casa”, relatou.

Ela foi a primeira moradora de um bloco de 10 casas construído para abrigar funcionários públicos vindos de outras regiões, como o marido de Ivone. “Fiquei com a terceira casa do bloco e recebi todas as famílias que vinham. Eu entreguei as chaves de cada uma”, lembrou. Ivone fundou a ala das baianas da primeira escola de samba de Brasília, a Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro (Aruc), e o primeiro posto de saúde da cidade.

Batismo
À época, o Cruzeiro era conhecido como Cemitério. O apelido surgiu porque ali havia pequenas casas brancas em meio à poeira avermelhada. O local passou a ser chamado, pouco depois, de Gavião, devido à grande quantidade de exemplares desse pássaro concentrados ali. Em seus estudos, Rafael descobriu que o nome Cruzeiro foi sugerido por uma associação de moradores, com ajuda do Correio Braziliense — inaugurado no mesmo dia que Brasília. A proximidade com o cruzeiro onde foi rezada a primeira missa da capital motivou esse batismo, explica Rafael em seu livro.

Assim como muitos pioneiros, os pais de Rafael vieram do Rio de Janeiro para a região. O autor do livro é testemunha das evoluções pelas quais a cidade passou. Atualmente, por exemplo, a região é 100% asfaltada. O Cruzeiro é conhecido por ter abrigado, desde a fundação, uma grande comunidade carioca. Responsável, inclusive, por trazer a alegria do samba e do carnaval para Brasília, com a Aruc, apadrinhada pela Portela, e que leva as cores da águia simbólica da tradicional escola do Rio de Janeiro.

No ano passado, a primeira escola de samba da capital foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial do DF pelo governo local. Mesmo assim, a Aruc ainda enfrenta dificuldades. O terreno onde ela está localizada, na Área Especial do Cruzeiro Velho, pertence à Secretaria de Esportes. Há quase 50 anos, pesa a insegurança sobre o direito de permanecer ali. Não há garantias legais de que a escola não será despejada. “A gente pensa que não faria sentido mudar a Aruc de lugar, mas gostaria de ter um documento, algo que desse mais segurança”, considerou Rafael, que também é diretor cultural da Aruc.

Outro problema é a liberação de verba para o carnaval. Todo ano, não só a Aruc como as outras escolas de samba da capital têm de esperar até as vésperas do evento para saber de quanto irão dispor para organizar os desfiles. “Assim fica difícil fazer um carnaval grandioso, como o do Rio”, reclamou Rafael.

Cultura
Mas nem só de samba vive o Cruzeiro. Uma curiosidade relatada no livro: a banda Sepultura nasceu ali, em 1977 (não o grupo mineiro, que surgiu nos anos 80). Há ainda grupos de teatro e de dança por toda parte. Entre os mais tradicionais, está o Pellinsky, companhia de dança criada em 1986 pelo coreógrafo e dançarino Andreoni Cabral, à época com 12 anos.

No ano seguinte, como relata Rafael em seu livro, o projeto foi apresentado no Centro Educacional 1, no Ginásio do Cruzeiro. Ainda hoje, o grupo mantém-se em atividades, tendo fundado também uma organização não governamental, com projetos socioeducativos.

A Administração Regional do Cruzeiro preparou uma série de eventos para lembrar o aniversário da cidade. Hoje, um bolo de 51 metros será oferecido à comunidade, no Ginásio do Cruzeiro. Os eventos comemorativos, porém, começaram no início deste mês. A escolha das atrações provocou polêmica. A Aruc ficou de fora. “Comemorar o aniversário do Cruzeiro sem a Aruc é a mesma coisa que festejar o Natal sem Papai Noel e o réveillon sem fogos de artifício”, comparou o presidente da Aruc, Moacyr Oliveira Filho, o Moa, no blog da agremiação.

Os primeiros
Em 1977, uma equipe de som brasiliense chamada Sepultura se transformou n a banda de rock Sepultura. Foi fundada por Eduardo I (guitarras e vocais) e Magu Cartabranca (vocais e efeitos sonoros), que à época tinham 17 anos e baseavam sua música nos estilos de bandas como Black Sabbath, Deep Purple e Led Zeppelin. Chegaram a fazer vários shows em Brasília, lançaram dois discos e entraram na Justiça pelo direto de usar o nome Sepultura, que entrou para o rol da fama propriamente dito em 1983, quando o grupo mineiro heavy metal que alcançou projeção internacional se lançou, com a mesma denominação.

PROGRAMAÇÃO

Hoje
Corte do bolo de aniversário.
Hora: 10h.
Local: Ginásio de Esportes do Cruzeiro, Quadra 609, Cruzeiro Novo.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Fotos do lançamento

Muitos amigos e pessoas que fizeram e fazem a história do Cruzeiro compareçam para conhecer o livro sobre a nossa cidade. Magú Cartabranca e Eduardo 1º fizeram a cobertura para a televisão, que irá ao ar em breve no programa "O Libertário", do canal 08 da Net. Nem todos aparecem nas fotos, mas tenho que agradecer a vocês que abrilhantaram a noite. Este é o nosso presente para nossa cidade! Parabéns Cruzeiro.
Clicando na foto abaixo vocês podem ver mais fotos da noite de lançamento no Foyer do Centro Cultural Rubem Valentim.

sábado, 20 de novembro de 2010

Cruzeiro: retratos de sua história

Convido a todos para o lançamento de meu novo livro. Trata-se da história da minha cidade, que venho pesquisando há anos, desde minha época da graduação em História pela UnB, e até de antes, ao guardar recortes de jornais e lembranças sobre o cotidiano entre os blocos de quatro andares.
Será dia 23 de novembro, às 20h na Biblioteca do Cruzeiro Velho. Entrada Franca. Compareçam!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Clipes com o Dinâmico Erre

Apresentamos os dois clipes com o Dinâmico Erre exibidos na Mostra de Vídeoarte.
Primeiro o clipe da música tema de nosso herói cruzeirense.



E na sequência foi apresentado o vídeo-clipe da música R ao contrário da Plebe Rude.
O link abaixo é da versão beta do clipe. Na Mostra foi apresentado a versão final do clipe, que fará parte do DVD da Plebe Rude a ser lançado em 2011.

Primeira Mostra de Vídeoarte do Cruzeiro

O evento foi um sucesso. Já estamos pensando na Segunda Mostra!
Clique abaixo para ver as fotos.


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

1ª Mostra de Vídeoarte do Cruzeiro

A Mostra de Vídeoarte do Cruzeiro é uma iniciativa que busca descobrir talentos, desenvolver competências e realizar trabalhos importantes em cinema, arte e cultura. A idéia nasceu com a proposta de se divulgar a produção cultural do Cruzeiro e de seus diversos personagens. Pretende-se, com esta iniciativa, dar início a um cine-clube na nossa cidade, estimulando a produção audiovisual e o debate sobre a sétima arte.

A Primeira Mostra de Vídeoarte do Cruzeiro, com a exibição de filmes produzidos por moradores do Cruzeiro ocorrerá no dia 18 de novembro, a partir das 20h, no Centro Cultural Rubem Valentim – Cruzeiro Velho.

Entre as produções presentes na mostra, teremos os dois vídeo-clipes estrelados pelo nosso Dinâmico Erre. Compareçam! Entrada Franca.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O resgate do azul.

Pronto! Está feito.
O coronel e sua mulher-laranja foram derrotados.
As eleições tiveram seu resultado já no dia 31 e as urnas confirmaram a vitória de Agnelo Queiroz sobre Weslian Roriz. O azul que veio disfarçado com lilás foi resgatado. Junto ao resultado, a decisão (tardia) do STF em fazer valer a Lei da Ficha Limpa, afastaram Joaquim Roriz das eleições até 2026, quando terá uma idade avançada, o que leva a crer que sua carreira política está encerrada.
Sem a presença do coronel que governou o DF por 14 anos, poderemos voltar a usar a cor azul sem constrangimento. Logo esta tosca associação roriz/azul cairá no esquecimento, em meio à primeira oportunidade de um governo vermelho Federal e Distrital.
O Dinâmico Erre pode retomar o traje azul sem ter motivo para se envergonhar.
O DF está livre. A esperança venceu o medo.
Vamos comemorar!