terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Machine Gunner "jumbo"

Chegou meu presente de Natal. Uma extravagância e tanto. Acabo de atingir um novo nível nerd: a versão jumbo (três vezes maior) do Machine Gunner, a versão original do Arma Pesada!
Quem acompanha o blog sabe que eu vi um destes na San Diego Comic Con. Ainda era só para exposição. Meses depois estava a venda. Dólar caro, frete internacional... Fiquei conjecturando até que saiu meu 13o e pensei mais um pouco: vale a extravagância. 30 anos depois de ganhar o original encomendei esta versão limitada em meados de novembro.
Demorou um bocado. O rastreamento dos Correios dos EUA mostrou seu percurso: Burbank-Los Angeles-Atlanta-Rio de Janeiro. (Detalhe que ele foi feito na China...)
Chegando ao Brasil a mensagem: "Customs clearance processing complete" no dia 15/12. Pensei comigo, vai chegar a tempo do Natal! Legal!
No dia 21 o rastreamento aponta: "Foreign Return to Sender". Retorno para o rementente no exterior? Vai voltar por que? Fiquei sem entender como disse no post anterior. Mas ontem chegou um aviso do Correio. "Aviso de chegada" com um valor alto a ser pago... Ih...
A figura de ação custa 90 dólares. (Não ousem chamar de boneco...) Mais um frete internacional de quase a metade disso, ficou mesmo um valor salgado. Estivesse a venda já na Comic Con, teria me poupado muito.
Pois não é que a Receita Federal ainda taxou o pacote com uma absurda alíquota de 60%! Para retirar a encomenda eu ainda teria que pagar este outro valor na Agência dos Correios. O Leão mordeu com vontade nessa. Não fazia ideia. Juntando o frete e o imposto ficou quase o dobro do valor.
Fica de alerta, pois eu pelo menos ainda não havia comprado nada do exterior pela internet. Essa foi a última vez com certeza.
Mas ao chegar em casa e abrir o enorme pacote e no meio de flocos de isopor me deparar com este soldado de 30 centímetros abri um largo sorriso e acho que senti a mesma emoção de quando tinha 8 anos e ganhei meu Comandos em Ação naquele Natal de 1985.
Vai ficar na estante da sala, com outras figuras de ação, mas dado o seu tamanho e imponência, com todo o destaque que merece. Feliz 2016!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

30 anos do Arma Pesada

Continuando com os posts comemorativos, hoje celebro mais uma efeméride, mais um aniversário redondo. Nesta manhã de Natal escrevo sobre o presente que ganhei há 30 anos.
Foi no Natal de 1985 que eu ganhei aquele que foi o meu brinquedo favorito por toda infância: o boneco Arma Pesada dos Comandos em Ação da Estrela. Nos anos 80 estes eram os brinquedos favoritos de quase todos os garotos do meu bloco. Os bonecos articulados e cheios de equipamentos e veículos eram diversão pura. Numa época em que brincávamos na rua ou embaixo do bloco, cada um gostava de levar seus soldados para batalhas e missões na grama alta atrás do bloco.

Eu tinha de sete para oito anos e criava uma grande expectativa em ganhar um Comandos em Ação do meu pai. O primeiro que ganhei foi o Comandante Cobra. Foi incomum, pois quase não ganhava brinquedos se não fosse Natal ou meu aniversário, mas este ganhei num dia qualquer. Eu já tinha o vilão mas queria o herói. Era engraçado porque naquela época eu e meu irmão tínhamos um pacto típico de crianças: não poderíamos ter o mesmo brinquedo, afinal os bonecos iriam interagir e não faria sentido ter dois iguais. Então nós dois combinávamos qual cada um ia querer, mesmo sem saber se o teríamos ou não.
E foi assim que escolhi o soldado verde com pente de balas no peito em forma de X. Aquele seria o meu primeiro herói da série. Antes de saber mais sobre ele até dei um nome: Roger. A gente demorava a ganhar um boneco daqueles. Enquanto alguns coleguinhas já tinham vários, eu ficava ansioso para ter o segundo. Fiz altos preparativos. Em uma caixa de sapato arrumei o que seria a sua base e dormitório. Ficava entretido nas Lojas Brasileiras (quem lembra?) olhando as cartelas dos personagens a venda. Desenhava o personagem e sonhava com o dia que o ganharia.

Eis que veio o Natal. Meus pais faziam a encenação toda. No caso, colocar um sapato na janela para Papai Noel deixar o presente. Eu tinha oito anos e realmente não lembro se acreditava naquilo tudo, mas seguia o roteiro a risca. E quando deu a meia-noite saímos da sala para o quarto e lá estavam os embrulhos. Lembro do meu irmão chorando pois o Comandos em Ação dele era diferente do que ele havia escolhido. Acho que ganhou o Cabeça de Ponte no lugar do Raio Laser. Já o meu não: era ele! Era o Arma Pesada!

Realização de um sonho de criança. Acho que a expectativa em ganhar um presente fazia com que ao ganhá-lo a felicidade fosse muito maior do que se eu ganhasse vários a todo momento. Foi muito bom. Logo, o Roger, quer dizer, o Arma Pesada era promovido a líder do meu esquadrão de brinquedos, que tinha ainda poucos Comandos em Ação, mas reunia transformes, soldadinhos de plástico e bonecos de outras marcas. Como vi que ele tinha um codinome na embalagem, acabou virando nome e sobrenome e foi assim que ele se tornou Gladion Roger. 

Nessa época eu já fazia minhas histórias em quadrinhos. Na verdade era tudo meio que o mesmo universo: os brinquedos eram personagens também, então nada mais natural que o favorito fosse alçado ao status de um dos personagens principais. Eu já tinha um proto Dinâmico R, uma versão inicial do que se tornaria o herói nos livros. 


A medida que eu desenvolvia as histórias o Arma Pesada ora era um boneco mesmo, ora era o líder do esquadrão. Foi só em 1996 que eu dei o formato conhecido nas publicações e assim o Gladion Rogher foi o brinquedo que se manteve como personagem.

Ele era o agente especial Gladion Rogher do Esquadrão Rôfega, unidade especial a serviço do Supremo Conselho Rofegano para missões secretas. Seu esquadrão estava inativo há pouco tempo, por razões que não cheguei a definir, quando ele foi convocado para uma nova missão: vir para a Terra atrás de um antigo artefato: o anel Dýnamis Érrion. A bordo da Nave Triangular Explorador e trazendo um clandestino só descoberto na chegada: o Caixinha Mágica. Logo eles conheceriam o Dinâmico Erre que é quem estava com o anel, e depois de alguns breves desentendimentos por conta de sua missão, acabariam se tornando amigos, com Gladion e Caixinha morando na casa do Dr. Rupert no Cruzeiro Velho.

O Gladion tornou-se aquele sujeito duro, meio bravo, mas uma referência para o jovem Dinâmico Erre. Foi uma maneira até meio natural de manter o soldado que não era mais de brinquedo nas histórias.

O visual dele sempre gerou uma polêmica. Primeiro porque o Fábio detestava desenhar o pente de balas no peito. Era muito detalhe para fazer aquele monte de balas. E outro que ficava na cara que era o Arma Pesada dos Comandos em Ação. No fim concordamos em tirar o pente de balas e também em reduzir a arma que ele carregava que era muito grande para "vida real". Eu nunca neguei que ele era uma homenagem, uma referência aos Comandos, mas precisava mesmo diferenciar em algumas coisas.

Com isso inventei as características que diferenciam os humanos terráqueos dos humanos rofeganos: os olhos totalmente azuis, inclusive a esclerótica e os quatro dedos na mão. Assim ele tinha de usar óculos escuros quando andasse entre nós. A falta dos dedos mindinhos era disfarçada com uma desculpa sobre mutilação em guerra. E assim ele foi participação obrigatória no primeiro gibi do Dinâmico. O nome também ganhou um "H" para diferenciar e virou Rogher (lê-se Róguer) comforme a boa pronúncia do rofeganês.

E quanto ao meu boneco de trinta anos atrás? Tenho ele até hoje. A medida que fui crescendo, me desfiz de muitos brinquedos, mas alguns eu fiz questão de guardar. O Arma Pesada naturalmente está entre eles e recebeu um tratamento especial. Hoje ele fica numa caixinha de relógio forrada com um algodão sintético e enrolado em plástico bolha. Parece até um caixão, mas ele não morreu. Está lá preservado. Será sempre uma boa e constante lembrança dos meus tempos de criança.

Um tempo atrás foram lançadas versões comemorativas dos 25 anos dos G.I.Joe, a versão original americana. Eu comprei pela internet e tenho este outro, que não pretendo tirar da embalagem, pois agora não é mais um brinquedo, mas um item de colecionador. A gente cresce, mas mantém certos vínculos, hehe.


PS: Comentei com vocês que na San Diego Comic Con encontrei uma versão "jumbo" do Arma Pesada. Uma réplica enorme do boneco. Na época do evento ele estava apenas em exibição e para venda haviam limitadas versões em miniatura, que não consegui comprar pois esgotou logo no primeiro dia. Pois a versão jumbo foi posta a venda pela internet meses depois. O preço salgado com o frete internacional e em dólar me fizeram pensar, mas não teve jeito. Fiz a encomenda há um mês atrás. A expectativa era que chegasse a tempo do Natal. Não chegou e acompanhando o rastreamento do pacote ele saiu dos EUA, chegou ao Rio de Janeiro e sei lá porque, voltou para os EUA. Não recebi ainda um comunicado do motivo, mas estou acompanhando. Afinal, além do alto investimento, eu quero receber esta versão exclusiva. Ao chegar eu mostro aqui para vocês. Feliz Natal!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

17 de dezembro: um dia de alegria

Sou historiador e adoro celebrar datas históricas. Hoje é uma delas e de propósito misturei dois temas que tem tudo a ver comigo. Há 20 anos o Botafogo empatava com o Santos no Pacaembu e sagrava-se campeão brasileiro de 1995.


Foi um título emocionante. A equipe que tinha como referência o artilheiro Túlio Maravilha e craques como Sérgio Manoel, Donizete, Gottardo, Gonçalves, Wágner e outros feras foi um dos melhores times que já vi do Botafogo e conquistou aquele que é até hoje o título mais importante do clube da Estrela Solitária. Aquele 1995 foi um dos melhores anos da minha vida, pois além disso foi quando passei no vestibular para História e entraria para UnB no ano seguinte.


O tempo passou, eu comecei a publicar o Dinâmico R e dez anos após o título brasileiro eu tinha mais um projeto aprovado no FAC: Dýnamis Érrion 2. A continuação do primeiro livro. Qual data escolhi para o lançamento? Dezessete de dezembro! Claro! Um maneira inusitada de comemorar os dez anos daquele título foi lançar um livro do meu personagem. O que tem a ver? Para mim, "mais um ano de alegria!"

Data escolhida, o local foi uma livraria no Pátio Brasil Shopping. Lançamento de livro é sempre um momento bacana, para rever amigos, o pessoal que acompanha o trabalho. Era uma época muito produtiva com o Dinâmico Erre. Todo ano saía uma produção nova. Eu divulgava bastante nas escolas onde dava aula e a galera comparecia.

O lançamento da noite de 17/12/2005
Marcelo
Autografando um exemplar
Pinheirinho, o divulgador cultural que sempre dava uma grande força
Lília e Cabíria, alunas e leitoras do Dinâmico R
Junior, que no ano anterior tinha coestrelado o filme no Festival do Minuto
Meus pais sempre presentes
Professor Fábio
Depois do lançamento a tradição mandava irmos a uma pizzaria para encerrar a noite. Foi muito bacana aquele 17/12/2005. Eu não venderia muitos livros, mas esse nem era o mais importante. O momento era celebrar um trabalho feito e que tinha um público fiel.

Na pizzaria com Pinheirinho, Frajola, Fábio e mais algumas pessoas que não dá para ver...
Hoje passaram-se dez anos daquele lançamento. Por sinal foi a última incursão do herói pela literatura. Na sequência ainda teríamos mais uma peça teatral, um clipe e um gibi. Nada de novo foi feito desde então. Fico me cobrando se não está na hora de voltar a escrever algo. Tanto tempo depois, fiquei só na ideia de um terceiro livro. Nada mais adequado do que uma trilogia para contar toda a saga. Mas será que ainda tenho jeito para coisa?

O Dinâmico Erre sempre será algo importante na minha vida. Não esqueço o que foi feito na época, sinto saudades, mas ao mesmo tempo vejo que segui em frente. O blog está aí para recordar. Vamos ver. Quem sabe este novo livro ainda não é escrito?
Hoje celebro a data aqui em casa, tomando um 7up geladinho. O refrigerante que patrocinou o Botafogo em 1995 não é mais vendido no Brasil há anos, mas encontrei umas latinhas importadas no Terraço Shopping. Meio caro (R$ 8,00), mas adequado para celebrar este dia e assistir vídeos da conquista de 1995 e lembrar do livro de 2005.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Comic Con Experience: meus comentários

Depois de conhecer a maior convenção de quadrinhos do mundo, fui para esta que já é a maior convenção do Brasil mesmo estando apenas na sua segunda edição. Foi uma viagem corrida a São Paulo. O evento começou na quinta, e eu só pude chegar na sexta a tarde, afinal tenho que trabalhar né.
Cheguei tirando onda com minha camiseta da SDCC
Fui para conhecer o evento que perdi em 2014. Participei no sábado e domingo e realmente foi muito bom. Eu não podia deixar de comparar com San Diego, onde estive em julho, e salvando as devidas proporções foi muito legal. Vi coisas nos EUA que reencontrei em São Paulo, como os trajes de Superman V Batman, muita oferta de produtos exclusivos, cosplayers de montão. O Brasil merecia um evento deste porte. E como o dólar ainda está em alta, entendo que a CCXP tem tudo para se tornar uma tradição anual.
A versão de San Diego era real. Esta era só a fachada, mas neste eu consegui subir, então valeu!
Convenções deste tipo são um paraíso do consumismo, mas no bom sentido, de se encontrar coisas que quem gosta de quadrinhos, filmes e afins não vê sempre reunido. Até dá para achar muita coisa pela internet, mas o legal é ver, experimentar, tocar antes de resolver comprar uma figura de ação ou algo do tipo. Os valores não eram tão atrativos, mas dava para encarar.

Who can you gonna call?
A grande curtição para mim, sendo a mais barata inclusive, foi tirar fotos em cenários de filmes ou com cosplayers. Uma catarse coletiva ao ver personagens queridos andando por perto. As filas para os painéis seguem a linha de San Diego: espera interminável para 45 minutos sobre algo legal que eu procurei substituir com pesquisa minuciosa nos estandes e participar de brincadeiras como quiz, sorteios ou mesmo tirar muitas fotos. Não dá para não se divertir.
Orgulho, preconceito e zumbis
Momentos para esquecer dos problemas e voltar a ser criança. Pela primeira vez na vida entrei numa piscina de bolinhas no estande de "Procurando Dory" e não senti nenhum constrangimento, afinal eu nem era o mais velho a mergulhar ali. Despreocupação total. Pude curtir tanto histórias que conheci mais adulto como quando criança. De Snoopy a Turma da Mônica, vendo imagens que ativam nossa memória afetiva e fazem um bem danado para a mente e a alma.

Deitar como Snoopy sobre sua casinha. Quem nunca?
Mais do que comprar eu aproveitei muito os momentos de alegria inocente. Fiz amizades novas, conheci gente com gostos parecidos e isso é sempre muito bom. O cansaço de uma maratona dessas fica em segundo plano. Afinal para aproveitar o dia você entra quando abre (10h) e só saí perto de fechar (22h). Cansativo, mas muito compensador.
Snoopy, Charlie Brown e eu!
Não vi tudo, nem teria muito como. Mas minhas prioridades foram alcançadas. Conheci Kevin Maguire (Liga da Justiça), comprei boas HQs em oferta, tirei muitas fotos bacanas, vi novidades e relembrei bons momentos de San Diego. Não podia ser melhor. Voltei para casa muito satisfeito e vejo que a chance de voltar é grande. 

"You not shall pass"
Abaixo o álbum completo para que quiser ver mais por onde andei nestes dois dias de CCXP.

Comic Con XP (São Paulo)

Comic Con XP: domingo

Meu segundo dia no evento. Os melhores momentos foram:
Nunca é tarde para entrar na TARDIS do Doctor Who.
Com a Canário Negro.
Capitã América e Thorette.
Este é Kevin Maguire, o desenhista da Liga da Justiça cômica escrita por Keith Guiffen e JM DeMatteis. Ele autografou minha revista n• 1 de 1989!
Entre Super-Homem e o Batman.
Wilson Fisk, o Rei do Crime.
O anel amarelo do medo: Sinestro.
A grande surpresa: conhecei A Mônica! A autêntica filha de Maurício de Sousa!
Grande evento. Agora estou para embarcar. Depois comento o evento ao chegar a Brasília.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Comic Con XP: sábado

Cheguei ontem a São Paulo para mais uma Comic Con, a Experience de São Paulo. Fui cedo para o pavilhão. Depois conto mais detalhes. Por hora, alguns primeiros registros desta experiência.
Mais um sonho de criança realizado: entrar numa piscina de bolinhas, hahaha. Era o estande do filme da peixinha Dory.
A Netflix deu todo destaque a Jessica Jones, mas eu quis o registro mesmo com o Demolidor.
Não poderia faltar uma foto com Hal Jordan, o maior dos Lanternas Verdes.
Em meio a vários GI Joes. Em breve terei um post especial sobre este tema. Aguardem.
Darth Vader com fartura aqui. Neste quesito superou San Diego. Não dá para comparar tudo, mas vale algumas observações entre ambas Comic Cons.
Cheguei agora a pouco e vou descansar. Amanhã volto para o último dia e conto mais sobre o que vi. Até mais.