segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Dez anos do Vídeo-Clipe

Foram três dias de gravação de cenas (20/out, 10/nov e 4/dez), a música gravada em estúdio (14/set), e por fim a edição que consumiu um dia quase todo. Em 28 de dezembro de 2002 o clipe era finalizado no apartamento do Tamyr Gonzales, contratado para filmar e editar todo o trabalho, no Cruzeiro Novo.
Foi uma primeira experiência, mas que marcou muito, pelo envolvimento dos amigos do Noigandres e NCV. O clipe não é um primor de profissionalismo, mas é uma marca de uma época saudosa, de produções amadoras feitas com muito coração. Um tempo que não volta mais, mas ficará sempre na lembrança. E que vale sempre rever.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

2º dia de gravação do clipe

No dia 10 de novembro de 2002, há dez anos, o Grupo Teatral Noigandres e a banda NCV foram para a Torre de TV gravar cenas para o vídeo-clipe da música tema do Dinâmico Erre. Foi um domingo muito bacana, que como os outros dias da gravação, relembro aqui. Mas este ficou mais marcado. Reunimos novamente a banda e o grupo teatral, e foi um dia inteiro de agito, indo do Cruzeiro à Cidade Ocidental.
Moskito e Frajola vieram para minha casa no dia anterior e nos preparamos logo cedo. Ainda passei no terminal para encontrar o pessoal do Noigandres que iria de ônibus. Estava quase todo mundo lá. Fui na frente levando a bateria e o figurino. O pessoal foi chegando, mas ainda faltava gente. E lá fui eu pro Cruzeiro atrás do Ney e do André, que ainda dormiam descaradamente. Quando chegamos, encontramos o cinegrafista e filmamos primeiro a banda tocando no palco da Torre que estava desocupado. Ainda conseguimos um microfone de verdade emprestado. Depois subimos no Mirante para mais cenas. DE volta ao térreo deveríamos ter filmado a cena em que o Dinâmico encontra o anel, mas o pessoal fez uma pausa para o lanche, se dispersou e quando se reuniram novamente me disseram que o cinegrafista recebeu um telefonema e teve que ir embora. A única cena que só podia ser filmada na Torre acabou não sendo feita... Voltamos para o Cruzeiro, e depois fui levar a banda no Valparaíso, e no caso do Guilber, em São Mateus que fica no município da Cidade Ocidental. Foi um realmente dia cheio, mas que ficou na lembrança.

Naquela época eu tinha uma máquina fotográfica digital, dos primeiros modelos, com resolução de apenas 640x480 e sem visor digital. E foi com que ela que este dia memorável foi registrado. Abaixo, o álbum com as fotos daquele domingo de gravação, dez anos atrás.

2º dia de gravação do clipe

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Dez anos da gravação da música

No dia 14 de setembro de 2002, dez anos atrás, fui ao encontro dos componentes da banda NCV, amigos de Valparaíso que conhecera no ano anterior. A tarefa: gravar em estúdio a música tema do Dinâmico Erre que eu compusera anos atrás, e que a banda havia dado a roupagem roqueira que eu queria.
O estúdio chamava-se, coincidentemente, Dynamus Estúdio, e ficava no TaguaCenter. Foi uma tarde inteira para gravar apenas uma música, mas o resultado foi o esperado. Finalmente tínhamos o registro com qualidade da identidade sonora do Dinâmico Erre.


A banda infelizmente não pode vir completa. Por compromissos com trabalho, o vocalista Guilber e o guitarrista Skol não participaram da gravação. Coube ao Frajola gravar tanto a guitarra base quanto a guitarra solo. E o bateirista Moskito foi o encarregado também dos vocais. Sabrina se dedicou ao seu baixo cor de rosa.

Foi meu primeiro trabalho como produtor de um CD. Produtor e compositor da letra. A galera estava muito animada com o trabalho. Tudo feito na base da amizade. Foi uma época muito bacana. Um sonho de criança sendo executado por jovens. Depois cada um seguiu seu caminho, mas o registro estava feito. As imagens não são boas. Foram feitas com uma câmera digital das primeiras lançadas no mercado, e com a menor qualidade possível, mas servem para lembrar aqueles dias.

Valeu amigos. Aquela foi uma realização que ficou para nossa história.

domingo, 26 de agosto de 2012

Cruzeiro: um lugar especial

Envolvido com o lugar onde moro, eu não poderia deixar de registrar os últimos acontecimentos. Gosto de acompanhar os momentos marcantes da comunidade. Tem dias em que isto é mais intenso. O Sábado de ontem foi especial para a mais carioca das cidades do DF. Dia de samba e futebol. A ARUC lançou seu samba-enredo para o próximo carnaval em um almoço na quadra da escola de samba e a equipe do Cruzeiro FC foi campeã brasiliense de futebol júnior vencendo o Gama por 1x0 no Estádio Ninho do Carcará, ao lado da feira permanente. A cidade teve um dia de festa dupla.

Samba 2013 da ARUC é tocado pela primeira vez para o público.

Cruzeiro FC. Campeão Brasiliense de futebol junior 2012.
Há duas semanas tivemos um dia histórico em nossa comunidade também. 11 de agosto foi o dia da eleição para a Prefeitura Comunitária em Defesa do Cruzeiro Novo. Associação de moradores criada em 2009, da qual fiz parte desde a fundação, ela passou pelo seu primeiro processo eleitoral. Hoje, trabalhando na Administração Regional, não pude participar de uma nova diretoria, mas acompanhei de perto o processo, sendo mesário e escrutinador.
Em disputa duas chapas: uma do primeiro prefeito comunitário e ex-administrador regional, outra formada por um grupo de dissidentes da primeira diretoria e moradores que se integraram ao processo a qual apoiei desde o início.
Foi histórico porque era uma eleição voluntária, para uma associação de moradores, o que implica em trabalho sem remuneração, apenas pela vontade de construir algo a favor do local onde se vive. Em um processo eleitoral conturbado, com muitas críticas à maneira como foi conduzido, e que gerava uma grande suspeita de favorecer a Chapa 1, conseguiu-se algo que não ocorria há muito tempo: mobilizou-se a comunidade para defender um ou outro lado como melhor nome para a prefeitura. 
Cruzeirenses vão chegando ao Quadradão para a apuração.
Foi bom para divulgar melhor, afinal muitos confundiam Prefeitura Comunitária com Administração Regional. A primeira é dos moradores e seu papel é de mobilizar e reivindicar. A segunda, onde trabalho atualmente, é a representação oficial do GDF no Cruzeiro.Votaram moradores, proprietários de imóveis, empresários e trabalhadores do Cruzeiro Novo em quatro urnas localizadas em pontos, ao meu ver, mal distribuídos. Às 17 horas encerra-se a votação e nos encaminhamos para o local de apuração no Quadradão. Coube aos quatro presidentes de mesa (eu entre eles) e a comissão eleitoral contar os votos. Sob uma tenda e cercados por moradores e integrantes das duas chapas abrimos as urnas e contamos os votos um a um em cédulas impressas. Na primeira metade a Chapa 1 abriu vantagem com mais de 65% dos votos. Eis que nas duas últimas urnas o resultado foi mudando e em um "sprint" incrível, a Chapa 2 foi recuperando espaço e ultrapassou o adversário. Resultado final: Chapa 2: 430 votos x Chapa 1: 406 votos.
Mesa escrutinadora no Quadradão.
Uma vitória apertada, mas que representou a manutenção da Prefeitura Comunitária como instrumento dos moradores. O risco da instituição virar um palanque político de quem havia sido defenestrado da Administração Regional existiu, mas um verdadeiro esforço coletivo foi capaz de reverter um quadro preocupante. Desejo à nova diretoria da Prefeitura Comunitária em Defesa do Cruzeiro Novo muito sucesso em sua missão.

Este mês de agosto teve grandes momentos. Foram dias agitados, que realçaram nossa identidade com o local. É por isso que sempre digo: É muito bom viver no Cruzeiro!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Oitavas-de-Final: Órion x Rafolândia



Fases agudas do torneio. Orion, em casa, passou pela primeira fase invicta, mas com dificuldades. Foram dois empates, apenas uma boa atuação contra Vulcano, e a ameaça da desclassificação pairando até os instantes finais. Juanito tenta puxar a equipe tal qual Romário em 94, mas dessa vez há o imenso apoio da torcida local. O oponente é uma surpreendente Rafolândia, que eliminou o embalado País Menor em seu grupo e mostrou um futebol correto, com chances de explorar as falhas do escrete orionês e decretar mais uma zebra.

E vai rolar o melão. Frio, neblina, o árbitro Mark Coppinger de OaP certamente é o mais ambientado a tal situação. O começo da partida é estudado. Orion não se deixa levar pela empolgação e a Rafolândia está bem postada nos instantes iniciais. Aos poucos, Orion começa a se soltar. Os Cianos estão muito bem, não erram nenhum passe sequer nos 15 minutos iniciais, não deixam os rafolandeses jogar e começam a pressionar no campo do adversário. Bentevi toca para Germano, que busca opções, há Juanito, ele recebe o passe em profundidade, tem pouco ângulo, ele tenta o impossível e bate rasteiro, Antoker Los corta e vai ser contra mas REFERSONE DEFENDE! Quase Antoker Los joga contra a própria meta! Sorte dele que Refersone estava ligado.


Segue o abafa orionês, Germano recupera a bola na intermediária e lança Tetéu, pegando os rafolandeses no contrapé, Tetéu domina, divide com um defensor, se livra e invade a área, Juanito fecha pelo meio, Tetéu toca, Juanito na bola, PRA FORA!! Incrível! Tirou tinta da trave! Sem desespero, pede Juanito. Refersone bate o tiro de meta, Bentevi ganha no alto, o relógio bate nos 23, Bentevi domina e avança, faz o lançamento, Juanito mata no joelho, tira da defesa, faz a bola correr, vai Juanito, vai Juanito na corrida, é ele Refersone, vai Juanito, vai bater, olha o gol, olha o gol, olha o gol, OLHA O GOOOOOOOOOOL!!!! DE ORION!!!! JUANITO, SEMPRE JUANITO!! Tirando de Refersone, um toque de pura categoria para o gol, Orion sai na frente! É 1 x 0 e a Arena Jolly Roger vai abaixo!

Só dá Orion. 30 minutos, Orunxá avança com a bola, Juanito se desmarca, sai o passe, Juanito está acabando com a defesa da Rafolândia, ele toma a bola, entorta, sai de cara pro gol e Refersone está caído, mas Juanito também se desequilibra e manda pra fora! A Rafolândia é só defesa pelo resto do primeiro tempo. Termina a primeira etapa, 1 x 0, mas poderia ter sido bem mais.

As equipes voltam iguais para o segundo tempo. Recomeça pegado o jogo. Xarilson faz falta violenta e leva o amarelo. O técnico Luka Valdo opta pela substituição, logo Xarilson que vinha sendo o melhor rafolandês do torneio. É falta perigosa para Orion. LeCoeuf cerca, parece que ele irá bater, a posição pela esquerda até permite um chute direto, mas é mais provável que a bola seja cruzada. Empurra-empurra na área, autoriza o árbitro, parte LeCoeuf, bola alçada, Refersone observa, Hugo Nothe sobe e testa com força!! É REDE!! É GOOOOOOOOOOOOOOL DE ORION!! 2 x 0, Hugo Nothe aos 56 minutos de bola, Orion passeia no Jolly Roger!


O treinador Wartzolckt pede para que o time não relaxe, mas há um breve apagão em Orion após o gol. Eles erram alguns passes, algo que ainda não havia acontecido na partida. 62, Juanito perde a bola para Ranelson, ele parte pela ponta, é a primeira jogada de efeito da Rafolândia, vai Ranelson pela ponta e cruza, Orion se desliga, Tuliano sobe sozinho na área e cabeceia baixo, sem chances para Helênio!! GOOOOOOOOOOOL!! GOL DA RAFOLÂNDIA!! 62 minutos e a Rafolândia está viva novamente! Tuliano é o nome dele! Orion pode se complicar?

O susto é o suficiente para que Orion se recomponha. Vamos a 69 minutos, Germano tem a bola, corre pelo meio campo, Tetéu pede próximo à área, Germano lança, Tetéu mata no peito, tira da zaga, a bola espirra, ele divide, tromba, ganha a bola, faz o giro e bate com força no ângulo!! GOL!! GOOOOOOOOOOOL DE ORION!!! É O GOL DA CLASSIFICAÇÃO!! Durou pouco a esperança da Rafolândia, Tetéu faz o terceiro na raça! 3 x 1, a torcida enlouquece e respira aliviada!

Orion domina a partida com maestria. É uma das grandes exibições coletivas da Copa do Mundo até o momento. Germano carimba a trave com um tiro de longa distância aos 83. A Rafolândia tem dificuldades em manter a posse de bola, e o tempo é implacável. Apita Mark Coppinger, Orion está nas quartas de final! E, pela primeira vez, respaldada por uma atuação brilhante no mundial. Juanito é o herói novamente, mas toda a equipe fez grande partida. A Rafolândia passou longe de sua melhor forma, mas sua campanha foi respeitável e há motivo para orgulho. Para a torcida local, nada mais importa até o próximo desafio dos Cianos. A festa é generalizada.


sexta-feira, 13 de julho de 2012

3ª rodada: Rafolândia x Ilhas Cariri


A briga do grupo era à distância. País Menor versus Rafolândia. Os primeiros tem 3 gols a mais de saldo. Jogam, portanto, por um resultado similar ao dos rivais. A Rafolândia precisa fazer mais do que os menores, para ultrapassá-los. O problema do País Menor é enfrentar Vera Cruz, ainda que classificados e poupando metade do time. A Rafolândia tinha trabalho mais simples contra as Ilhas Cariri.

E temos mais um gol relâmpago na Copa. Tigre! Tiiigre! GOOOOL DO PAÍS MENOR! O juiz dá gol contra de Del Cebador, mas poxe, a jogada e o chute cruzado foi toda do atacante, do ponta direita menor. Tá no placar, de qualquer forma. E é a hora do time se controlar e surfar no placara favorável, correto? Não, pois Iirgo está do outro lado e tem fome. Oportunista, pega rebote em bola parada, e, quase caindo, empata a peleja. GOOOOL DE VERA CRUZ!!! Aos 5 minutos, o jogo  na Arena Jolly Roger promete!

O enredo em Notre Dame não fugiu do previsível. A Rafolândia martelava, jogava soberana diante de Cariri, retrancado, à espera de um contragolpe ou uma chance vinda dos deuses. os rafolandeses trabalhavam bem a bola no meio campo, Xarilson, sem ter de marcar nin guém, virava um meia pelo centro, e o domínio era categórico: o que perturbava os menores lá no outro estádio. E perturbava a ponto do time estar numa má jornada, de fato. Ennairam tinha mais trabalho que Cappobianco, e Vera Cruz era articulada, insinuante, mas, cruelmente, sem pressa, cadenciada ao mesmo tempo. Tudo que o país Menor não queria do jogo, pois ficava com a sensação de não-controle da peleja.

Após os 25 minutos, o duelo esfriou, ficou num hiato de emoções, sem oportunidades. E quem zapeou de canal para assistir a Rafolândia insistir  na mesma tecla contra a entricheiradada seleção de Cariri, se deu bem. Trinta minutos de um time só não serviram de nada, mas aos 31, finalmente, a justiça foi feita. Tuliano abriu a porteira, bonito gol. Logo em seguida, Xarilson bateu cruzado, da meia-lua, rasteirinho, e a bola bateu numa trave para entrar na outra. GOOOOOOL DA RAFOLÂNDIA!!! 2x0, e temos uma novidade na tabela. Entra a Rafolândia, sai País Menor.  São dois gols, de modo que a vitória está quase garantida. País Menor vai precisar trabalhar.

Mas nada consegue antes do in tervalo. Vera Cruz jogou realmente melhor e Ennairam fez uma defesa dificílima aos 42. Gorgios foi quem chutou a queima-roupa. Vera Cruz estava protegida por um confortável saldo de gols, mesmo a derrota magra lhe daria a liderança do grupo. E era essa a esperança menor: pegar um time sem tanta gana, o que compensaria toda a ansiedade de seus atletas.


É nessa toada que começa o segundo tempo: País Menor se precipita, joga com toda a pressa que a realidade lhe exige. E a natureza humana de seus jogadores lhe nega a tranquilidade para o passe final. Espaços aparecem. Os arremates não saem. A dica está dada. É possível e todos viram as boas jogadas trabalhadas. É hora de Kesley, de Ferrari, eles precisam criar mais. Wendell Leonardo é quem mais chama o jogo. Vera Cruz é gelada, concentrada, atua de forma segura. É o jogo de quem está vendo pela TV, agora, novamente. Pois a Rafolândia tem controle absoluto sobre a outra partida.

Quer dizer... Tem gol contra na área, e é de Burnopêz, e é para as Ilhas Cariri!!! GOOOOL! 2x1. Temos um jogo? Temos uma chance de ver Cariri classificar o País Menor e eliminar a Rafolândia? os dois jogo chegam a um momento delicado, sentimental: qualquer gol muda cenários. Cariri acredita, se permite buscar o empate. A Rafolândia segura seus atletas, parece assustada. São 23 minutos de segundo tempo, e Refersone, o goleiro trafolandês, fez defesaça em chute de Fuinha. Aça aça, mesmo. Caramba. Quase que tudo muda. No outro jogo, a verdade é que o futebol do País Menor degringolou. O time erra demais e é tratado com categoria pelo rival. Vera Cruz mostra estilo e postura corretas, joga com categoria, chega ao gol adversário, exige de Ennairam e vai minando aos poucos a esperança do time de leranja. Quando ataca, o País Menor dá de cara com uma defesa bem postada, os olhos atacantes parecem míopes e não enxergam mais espaços.

Está tudo encaminhado ao passo que a Rafolândia retoma o controle do jogo. Futebol é traiçoeiro, um lance muda tudo, um gol menor ou um revés rafolandês alteram e invertem os felizes e tristes entre as duas equipes. Não é o País Menor que consegue algo. O jogo se encaminha para um desfecho simples para Vera Cruz, uma vez que Isak tomou o segundo amarelo, foi expulso e estourou a proposta de seu time.

O jogo dos menores acabou 6 minutos antes dos rafolandeses. Os jogadores ficaram no campo, esperando informações. E elas vinham de todos os lados. O que se dizia era que a Rafolândia estava perto do terceiro, e não de tomar o empate. E foi isso mesmo. Nenhuma bula perigosa alterou os batimentos cardíacos de ninguém. O apito final classificou a Rafolândia, que muito vibrou, e eliminou uma resignada seleção menor. Xarilson foi o melhor em campo nesta última rodada. Se multiplicou, o volante rafolandês.

Teremos Orion x Rafolândia, Vera Cruz x Vulcano, na fase final.


2ª rodada: Rafolândia x Vera Cruz


(Jogo realizado no dia 8 de julho)


Disputando a primeira posição do grupo B, Rafolândia e Vera Cruz se degladiaram no Municipal Orlando Manoverdi nesta noite de domingo. Assim como em dias anteriores, o clima estava estranho, com uma densa neblina sobre a cidade, que, felizmente, não estava baixa o suficiente para afetar a visibilidade dos envolvidos na partida.

O árbitro Alberto Pena inicia a partida, e é Vera Cruz quem primeiro se lança ao ataque. As principais jogadas saem do pé de Iirgo, e é o volante Kentako quem tem mais trabalho para impedir os avanços veracruzenses. Vera Cruz mantém a bola rolando no campo de ataque, mas não consegue ser eficiente graças ao bom posicionamento dos atletas rafolandeses. Vez por ora, a Rafolândia busca seu campo ofensivo, mas as bolas param nos competentes Sollero e Pérez.

São dez minutos jogados, e a bola permanece tempo demais próxima ao centro do campo. Falta objetividade de um lado, falta ousadia do outro, e o jogo começa a ficar monótono. Pouco se faz nos minutos seguintes, e cartões amarelos começam a ser distribuídos, pois o jogo fica mais nervoso. O gol parece ser um sonho distante, para ambas as equipes. E um empate, definitivamente, não é bom para nenhuma das duas seleções.

A primeira chance real do jogo saiu dos pés de Ybarra, que cruzou na área e contou com um desvio de Roufélio contra a própria meta, que quase resultou em gol. A Rafolândia, com Télio Nandes e Tectio também tenta inaugurar o marcador, mas a bola parece determinada a não entrar.

Aos 30 minutos, Bento da Cruz faz passe primoroso para Iirgo, que domina, vai bater....e o bandeira assinala impedimento, para revolta dos torcedores rafolandeses. Os dois times já estavam resignados a ir para o intervalo em desvantagem no placar, quando Iirgo domina, passa para Luís Nunes, que ganha do marcador na corrida, adentra a área, dribla Refersone e marca um belíssimo gol!! É GOL DE VERA CRUZ!!! Luís Nunes é o nome dele!!!

O gol pareceu abalar consideravelmente os rafolandeses, pelo momento em que saiu, deixando o time com uma grande desvantagem para o segundo tempo. E foi o que se viu: Vera Cruz continuou dominando a partida, mas a ineficiência permanecia a mesma, e o placar não se movia. Andreolli tentou uma bicicleta após cruzamento de Del Cebador, mas furou. Pérez colocou uma bola primorosa para Luís Nunes, que recebe o passe na entrada da área, bate e...POR CIMA! Que chance, poderia ter sido o segundo gol!

Como na primeira etapa, pouco se viu de Rafolândia na partida, e Vera Cruz continuou pressionando. Primeiro Ybarra, depois Bento da Cruz, então Olsen e Gwandsznajder, mas o gol não saia. Do outro lado, crescia o nervosismo dos rafolandeses, causado pela derrota parcial por 1 x 0, e mais cartões eram distribuidos.

Aos 64 minutos, Sollero recebe bom passe de Pérez aberto pela direita, faz o cruzamento e quem surge é Iirgo, que cabeceia pro GOOOOL! É GOL DE VERA CRUZ!! Iirgo subiu livre, nenhum zagueiro o acompanhou, e assim foi só colocar pra dentro e correr para o abraço.

Ravanelli decide então recuar o time, e tira Bento da Cruz e Luis Nunes para a entrada do meia Rubens Dias e do zagueiro Frederico Joly. Enquanto isso, o Luka Valdo olha incessantemente para o banco, como se a procurar alguém que não está lá. Ele simplesmente está perdido e não consegue se decidir quem tirar e quando.

Nos 15 minutos finais da partida, é a vez de Del Cebador fazer passes e assistências primorosas. Mas as finalizações são completamente erradas, e Vera Cruz aproveita pouco as oportunidades. Faltando poucos minutos para o fim do jogo, escanteio para Vera Cruz. Gewandsznajder cobra fechado e no centro da área, e Joly acerta um lindo voleio....na TRAVE!! Foi por pouco que não entrou, mas Iirgo está no lugar certo, na hora certa, e manda pro FUNDO DO GOL! É GOL!!! GOL DE VERA CRUZ!!

O três a zero com apenas 4 minutos restantes consolidam a vitória veracruzense, que conquista a primeira posição do grupo parcialmente. Mas ainda há jogo, e Gewandsnajder domina sozinho, e tabela com Rubens Dias, que olha o golerio adiantado e arrisca, soltando um balaço....direto pro GOL!!! GOL DE VERA CRUZ!!

Vera Cruz vence , convence e mostra porque é uma das seleções com maior favoritismo nesta Copa.


segunda-feira, 2 de julho de 2012

1ª rodada: País Menor 1x2 Rafolândia


O Estádio do Sol está sendo coberto por uma fina neve nesta noite de futebol. País Menor e Rafolândia se enfrentam em Graviola, em suas estreias na Copa do Mundo.

País Menor do craque Évertom Tigre, atual campeã do Escudo da Távola, jogando com uma tática ousada, com apenas 2 zagueiros. Do outro, Rafolândia, em sua estreia em uma Copa do Mundo sob esta denominação. Não dá para saber o que vai dar!

A bola é do País Menor, o árbitro Verstíngio ajusta o cronômetro e dá início ao jogo! Logo no início, a Rafolândia parte para cima. Com 5 minutos decorridos, Rufio cria boa chance pelo flanco. Ele cruza, muito bem por sinal. Ennairam sai para cortar... Mas Tectio se antecipa! Ele cabeceia para o gol vazio...

E vai para fora! Por cima do gol! A Rafolândia já dá seu cartão de visitas e assusta os menores! 2 minutos depois, outra boa chance para a seleção Rafolandense. Xarilson domina a bola no meio, e Rufio novamente aparece pelo flanco. Ele recebe e toca para Tuliano, que vem de trás. A defesa menor é pega de surpresa, Guerrón e Neto ainda estão voltando, Tuliano deixa a zaga para trás, ele fica cara a cara com Ennairam, escolhe o canto, sai o chuuuuute...

E É GOOOOOOOOOOOLLLL!!! DA RAFOLÂÂÂÂNDIA! TULIANO, AOS 7 MINUTOS! O homem gol Rafolandense abre logo o placar! Sem chances para Ennairam!
O País Menor sente o baque. Os jogadores não esperavam um golpe tão cedo e têm dificuldades para lidar com a pressão.
Com 12 minutos, mais uma chance para a Rafolândia. É Burnopêz quem explora o lado do gramado agora. Ele chega sozinho à linha de fundo e cruza. Ennairam fica no gol, a defesa sobe junto com Tuliano, que acerta a booola....


E É GOOOOOOOOOOOOLLL!! DA RAFOLÂÂÂÂNDIA! É ELE DE NOVO, TULIANO! Na cabeçada certeira, Tuliano faz seu segundo e deixa o País Menor em situação delicada!
A falta de laterais é um problema para a seleção Menor. Apesar de jogar com dois meias que atuam nos lados do campo, não há quem pare as investidas adversárias por este setor. Tonami e Chandler pouco podem fazer e muitas vezes acabam rendidos.

Com 2 a 0 no placar, Rafolândia se acomodou. Se acomodou? Que nada! Ennairam teve que fazer defesa arriscada aos 16 minutos, ao se jogar nos pés de Burnopêz, que chegou sozinho, para pegar a bola.
24 minutos e só dá Rafolândia! Ranelson explora a lateral. Ele toca em profundidade para Xarilson, que vai à linha de fundo e cruza. Ennairam sai para cortar, mas lá está Tuliano, de novo! Ele cabeceia para o gol liiivre...

NO TRAVESSÃO!! E Tonami joga para longe! Quase que Tuliano marca seu hat-trick e sela o  estrago sobre o País Menor!

O primeiro tempo vai acontecendo e o País Menor não finaliza nenhuma vez. Ennairam tem que se desdobrar e faz boas defesas aos 34 (em mano-a-mano com Tuliano) e 39 (em belo chute colocado de Ranelson). Ainda houve uma falta contra sua meta aos 27, mas foi por cima.

Wendell Leonardo é outro que vai salvando o time da estrela. O meia direito cortou pelo menos 3 passes que poderiam se desenvolver em jogadas perigosas para o adversário.

No final do 1° tempo, o País Menor consegue sua primeira chance. Guerrón, no meio de campo, toca para Wendell Leonardo, que domina e leva para o ataque. Ele consegue espaço no meio da defesa Rafolandense, arrisca de fora da ááááárea....

Reeeeeferson!  Bela defesa do goleiro Rafolandês, que pega com segurança.

Os Menores se sentem mais confiantes. Aos 44, Wendell Leonardo se posiciona bem dentro da área adversária, mas Antoker Los está esperto e corta o passe de Netto antes que ele chegue ao destino. Leonardo volta e rouba a bola no meio de campo. Ele leva para o ataque.  Juravo dá o bote, mas acerta o jogador Menor! É falta! Um pouco longe para chutar direto, mas Guerrón está com cara de quem vai arriscar. E não dá outra! Guerrón dá uma pancada no melhor estilo Renato Abreu, a bola viaja sem obstááculos...

NA TRAAAVE! REFFERSONE NEM SE MEXEU! E HUGO LUCAS ESTÁ LÁ! É GOL! É GOOOOOOOOOOOOL DO PAÍS MENOR! Hugo Lucas está no lugar certo, na hora certa, e aproveita o rebote, diminuindo o placar! 2 a 1 para a Rafolândia. Daniel Konigsberger apita o fim do primeiro tempo antes que a bola seja reposta em jogo.

O segundo tempo começa com bola para a Rafolândia. O País Menor mostra estar mais confiante e solto em campo. Parece acreditar que é possível conseguir um resultado nesta partida, mesmo saindo atrás. Mas o adversário não dá espaços. Os meias Menores trocam passes , mas não conseguem avanço significativo. Quando a Rafolândia consegue um espaço, é incisiva. Quando, aos 53, Roufélio joga a bola no ponto futuro e Chandler tenta cortar, Ennairam tem que se desdobrar no contrapé para evitar que o zagueiro marque contra o próprio patrimônio. Esta foi a gota d’água para Sadi Hagen sacar Chandler, que vinha muito mal, para a entrada de Fran.

Tonami, o zagueiro, faz papel de meia aos 62. Ele rouba a bola e vai avançando. Ele finta Tulio Nandes e Tectio e continua ganhando terreno. Tonami se toca que está na entrada da área, ele arrisca o chuuuuute...

REEEEFFERSONE! O goleirão salta muito bem e espaaalma para escanteio! Ferrari cobra bem, mas Ranelson corta.

E a Rafolândia se incomoda com a audácia Menor e parte para cima! Tuliano é quem domina no meio. Tectio sobe, ele recebe na entrada da área, QUE CORTA LUZ, MEU AMIGO! Tonami ficou só na saudade, agora é entre Tectio e Ennairam, o goleiro sai, ele chuta colocaaaado...

NA TRAAAAVE! E Tonami se recupera do drible para isolar a bola! Vejam no replay: Tectio estava de costas para o gol, com Tonami na sua cola. Tuliano tocou, Tectio só abriu as pernas e o zagueirão menor foi pego de surpresa! Beeelo drible!

Com 65 minutos, mais chance para a Rafolândia! E agora em falta! Fran derruba Roufélio próximo à área e a falta é muito perigosa. Tuliano, Roufélio e Xarilson se posicionam para bater. É Roufélio quem corre, ele chuta muito bem,a bola passa da barreeeeira...

NA TRAAAVE DE NOVO!! E Netto afasta! Um pouco menos e era gol! Bela batida de Roufélio.

O País Menor é sufocado pelo ímpeto ofensivo da Rafolândia. Se perde nos passes e volta a ter dificuldades para abrir espaço. Aos 71, Ferrari até consegue encaixar bom escanteio, mas Reffersone sai e segura a bola, soberano. Já os Rafolandeses começam a cadenciar mais o jogo, aproveitando bem as chances mas sem pressa.

Aos 80 minutos.  Tectio leva a bola pelo meio. Ele toca para Roufélio e PERAÍ, É REPLAY? Roufélio dá um corta-luz idêntico ao de Tectio e Tonami, novamente, é enganado! Roufélio fica cara a cara com Ennairam, que sai do gol, Roufélio chuuuta...

Pra fora! Roufélio não pega bem na bola e ela sai pela linha de fundo. 1 minuto depois, Xarilson cometeu falta boba em Isak. Falta desnecessária no meio de campo, e ele já tinha amarelo. Daniel Konigsberger é liberal, mas não teve escolha. Ele mostra o segundo amarelo para Xarilson, que está expulso!

E mesmo com um a mais, os Menores continuaram a tomar pressão. Ennairam salvou a pátria mais uma vez aos 82, em cabeçada forte de Tuliano. No escanteio, Nandes arriscou uma bicicleta, mas furou.Daí em diante o País Menor domina a bola, leva para frente, mas os Rafolandeses continuam a praticar seu jogo de ocupar os espaços, e eles fazem isto bem. A partida continua nisto até que, aos 93 minutos, APIIIITA DANIEL KONIGSBERGER! É FIM DE JOGO NO ESTÁDIO DO SOL! Vitória Rafolandesa por 2 a 1!

Copa do Mundo CONFUSA 2012

A competição é nos mesmos moldes da Copa do Mundo da FIFA, com 32 seleções. Para não tomar muito espaço, postarei aqui no blog apenas as informações sobre a Seleção Rafolandense. As súmulas de todos os jogos estão disponíveis no blog:  www.copadomundoconfusa2012.blogspot.com

Jogos da Rafolândia pelo do Grupo B
Copa do Mundo CONFUSA 2012
2/jul País Menor -x- Rafolândia
8/jul Rafolândia -x- Vera Cruz
12/jul Ilhas Cariri -x- Rafolândia



Futebol Solitário?

Seleção Rafolandense de Futebol 2012
Deixa eu explicar melhor. Isso é muito legal. Existe uma prática muito mais comum do que se imagina que é a de se criar clubes fictícios e praticar um futebol só com a imaginação. Muita gente pratica esta, digamos, modalidade, e eu sou um deles. O que eu chamo de Futebol Imaginário, começou para mim no já distante 1990, ano de Copa do Mundo, quando aos 12 anos inseri no universo de histórias do Dinâmico Erre, os clubes de futebol do atual Planeta Rôfega. Qualquer dia faço um post mais detalhado sobre esta história. Por hora fica um resumo do desdobramento disto.
Em 2006 entrei em uma comunidade do Orkut chamada "Futebol Solitário", que é como muitas pessoas chamam esta modalidade. Nesta comunidade, um grupo de praticantes fundou a CONFUSA (Confederação de Futebol Solitário e Associados), e desde então a comunidade não só abriga postagens sobre as mais diferentes ligas de futebol solitário, como se organizou em confederações continentais e passou a promover campeonatos entre si com os times solitários interagindo entre si. (Há uma contradição e fina ironia neste nome de futebol solitário).
Pois bem. Eu mantenho em meus arquivos uma série de tabelas, estatísticas, jogadores, escudos e uniformes de clubes e seleções que criei ao longo de tantos anos e que existem no meu universo ficcional de histórias. 
Por conta de compromissos com o trabalho, sempre postei regularmente na comunidade do Orkut, mas sem a riqueza de detalhes com a qual muitos integrantes da comunidade fazem e estava afastado da principal competição por eles promovidos.
Tal afastamento terminou este ano, com a participação da Rafolândia, um país rofegano nas competições oficiais. No início do ano já havia disputado o InterMundial da COMETA (Confederação de Planetas e Realidades Alternativas), quando fiquei em segundo lugar. E agora vem o mais importante: a COPA DO MUNDO CONFUSA de FUTEBOL SOLITÁRIO.
Postarei a participação da Seleção Rafolandense de Futebol, aqui em nosso blog, à medida que a competição for sendo disputada.

sábado, 16 de junho de 2012

Hoje foi um dia bacana!

Obrigado Senhor! O dia de hoje foi muito bacana. Pequenas coisas acontecem durante o dia, e juntas nos fazem sentir muito bem.
Após acordar tarde, fui almoçar e tomar sorvete com minha esposa em uma tarde chuvosa no Cruzeiro.

Torci muito pela seleção grega, que representa um país com história tão importante e que atravessa tamanha crise econômica. A vitória contra a Rússia por 1x0 foi emocionante. Eu que tive o privilégio de conhecer o país no início do ano, vibrei muito com a classificação. É uma maneira de amenizar o sofrimento que vi em um país tão belo. Rumo ao bi da Eurocopa e que seu povo consiga superar o desastre financeiro submetido por este injusto sistema capitalista.

Ao mesmo tempo o Cruzeiro FC-DF venceu o Brazlândia lá no Chapadinha e deu grande passo para semi-final do Candanguinho junior. Acompanhei o jogo pelo twitter simultaneamente com o dos gregos. Só não fui para o estádio na terra do morango porque tinha uma tarefa importante a tarde.

Fui participar de um momento histórico. Hoje o Administrador Regional do Cruzeiro entregou o Alvará de funcionamento para a ARUC. Uma conquista que esperou por doze anos e devolveu a legalidade à agremiação ao ocupar seu terreno no Cruzeiro Velho. A atitude de Antônio Sabino foi muito comemorada pelos cruzeirenses.

E para fechar o dia com chave de ouro o Fogão venceu o Internacional de virada em pleno Beira Rio por 2x1, com gols de Andrezinho e Fellype Gabriel. Vitória maiúscula que recoloca o time em boa posição no campeonato brasileiro.

Foi ou não foi um dia bacana?

sábado, 2 de junho de 2012

Sacanagem com o Lanterna Verde

Tem coisas que só acontecem ao Lanterna Verde... a frase que tanto usam para o meu time de futebol, parece se aplicar a um dos meus personagens de quadrinhos favorito. Ao menos não é o Hal Jordan, mas ao resolver que Alan Scott agora é homossexual, a DC Comics acaba envolvendo a marca "Lanterna Verde" em uma polêmica desnecessária e apelativa visando apenas lucrar com isso, sem defender nenhuma causa social.
Alan Scott - O que diria Martin Nodell e Bill Finger, seus criadores nos anos 40?
Alan Scott tem seus quase 70 anos de criação, já foi casado, teve dois filhos em suas histórias e nunca houve nada que direcionasse o personagem para este rumo. Não aprenderam mesmo. Hal Jordan passou por uma mudança de rumos nos anos 90 quando inventaram de "modernizar" o personagem e o transformaram em vilão. Levou dez anos para se retomar o status quo original e Hal voltou como herói em uma de suas melhores fases.
Hal Jordan não tem nada a ver com isso, mas vai explicar...
Quem não conhece os quadrinhos da DC Comics muitas vezes não sabe que Lanterna Verde é o título de diferentes personagens. Existe uma Tropa com milhares de alienígenas que são Lanternas Verdes, dentre eles os quatro humanos (Hal, John, Guy e Kyle), e existe ainda Alan Scott cujo poder vem de outra fonte. Agora vai explicar tudo para quem não é leitor, e dizer que aquela sua camisa maneira do Lanterna Verde não tem nada a ver com um personagem gay?
Com tantos personagens, e escolhem justo um Lanterna Verde para este papel?
As piadinhas de mal gosto vão pipocar. Foi um decisão infeliz e extremamente forçada para se adequar a um momento onde o combate à homofobia está em alta.

Que os homossexuais lutem por seus direitos, tudo certo. É uma questão de cidadania. Mas uma empresa usar isto como motivo para gerar polêmicas, faturar, e o pior de tudo, descaracterizar um personagem  com décadas de história, e ainda gerar possíveis confusões com outros personagens que não têm nada a ver com isso. Para o público em geral o Lanterna Verde é o personagem. Poucos conhecem Hal Jordan, Alan Scott ou John Stewart. O que a DC Comics fez foi uma tremenda sacanagem com a franquia e com os criadores do personagem, já falecidos, e que nem podem se pronunciar sobre o caso. Como fã considero esta decisão editorial como extremamente infeliz.

sábado, 28 de abril de 2012

Mais uma vez diretor da ARUC


Hoje pela manhã foram realizadas eleições para diretoria da Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro, a ARUC. A chapa vencedora tem Helio dos Santos como presidente e Marcio Coutinho como vice-presidente. 
E pelo quinto mandato consecutivo, faço parte da chapa vencedora como Diretor de Cultura. Participo da ARUC desde 2002, e desde 2004 ocupo esta função, sendo responsável pelo site, blog e twitter da agremiação, além de colaborar no dia a dia.
Sinto-me honrado em fazer parte da principal entidade cultural do Cruzeiro. Por mais que eu goste de rock'n'roll, não posso negar minha raiz cruzeirense, e o apreço pelo carnaval da cidade mais carioca do DF.
Vamos seguir trabalhando pelo gavião azul e branco.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Exposição de Escritores Brasilienses (III)

Na tarde do dia 18 de abril, dia da Literatura Infantil, houve o primeiro bate-papo da Exposição de Escritores que ocorre na Praça Central do Pátio Brasil e vai até o dia 21 de abril, aniversário de nossa cidade.
Para minha surpresa, vários banners de Escritores Brasilienses pela praça de um dos shoppings mais movimentados da cidade. Mas se o evento é uma exposição, é claro que eles tinham de estar expostos. (Dããh). E no meio de tantos feras da literatura, lá estava meu banner.
A mesa foi composta por mim, Lucília Garcez e Guilieny Matos e teve como mediador Maurício Junior. Falamos um pouco sobre nosso trabalho, sob o contexto da literatura em nossa cidade e nosso país, e tivemos um público bem interessado no assunto.

Foi uma tarde muito bacana. Eventos deste tipo são muito bons para interagirmos com outros autores, conhecer seus trabalhos e apresentar nossos livros a um público novo, que na maioria das vezes não nos conhece. Agradeço a Janaína Rico e a Sarita que organizaram o evento e me fizeram o convite. É uma honra participar de atividades assim, as quais abrem espaço para nossa literatura.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Entrevista


Recebi este questionário da Rebeckah, ex-aluna do CIE, que está cursando Licenciatura em Educação Artística, para um trabalho dela na faculdade. Gostei tanto de responder, que resolvi postar aqui no blog para ficar o registro.

Professor
1 – Qual o seu nome completo: Rafael Fernandes de Souza
2 – Quantos anos tem? 34 anos. Onde nasceu? Brasília - DF
3 – Que curso fez? Bacharelado e Licenciatura em História
4 – Quantos anos dura o curso? Quatro anos.

5 – Há quantos anos é professor (a)?
Desde 2001. São onze anos de profissão

6 – Há quanto anos é professor (a) na escola?
No CIE, desde que comecei a dar aula, até o ano passado. Trabalhei lá por dez anos e meio. Em 2012 fui lecionar em São Sebastião, mas fiquei apenas o mês de fevereiro. Hoje estou cedido a outro órgão. Sou Gerente de Cultura da Administração Regional do Cruzeiro.

7 – Trabalha em outras escolas? Quais?
Sempre dei aula em duas escolas por ano, pois minha carga horária é de 20h (diurno) + 20h (noturno). Além do CIE onde sempre trabalhei, também fiquei 3 anos e meio no CEF 02 do Cruzeiro, 3 anos no CEduc 01 do Cruzeiro, 1 ano e meio no Polivalente, 1 ano na EC da 204 Sul e um ano em São Sebastião, onde retornei por um mês este ano.

8 – Em quantas turmas e séries leciona?
Nos dois últimos anos no CIE lecionei para as turmas de 3ºano regular, sendo 5 turmas em 2010 e 4 turmas em 2011, além de três turmas de Aceleração que têm uma carga horária maior. Este ano lecionei por um mês em São Sebastião, com 6 turmas de 1º ano pela manhã e outras 6 a noite.

9 – Gosta de ser professor? Por quê?
Gosto sim. Além do ambiente escolar que acho muito bom, a prática de pesquisar sobre um assunto e compartilhar com os alunos é muito prazeroso. Quem não gostaria de ler e falar sobre o que gosta?

10 – Quais as coisas boas e ruins da profissão? Por quê?
O lado positivo é fazer um trabalho importante para a sociedade, que não traz benefícios para apenas um indivíduo, mas a coletividade. A oportunidade de trazer questionamentos que muitas vezes passam despercebidos no dia a dia, e que na escola são abordados. É uma profissão que gratifica não por ganhos materiais, mas pelo aspecto humano que proporciona.
O lado negativo é quando não há ressonância. Quando o professor briga, chama a atenção porque o aluno não está nem aí. Muitos professores ficam desestimulados, pois seu trabalho é ignorado justamente por parte das pessoas pelas quais ele mais se esforça. Com o passar dos anos fica cada vez mais desgastante trabalhar com alunos desinteressados, que correspondem a mais da metade de uma turma.

11 – Quais os problemas mais sérios da escola? O que pode ser feito para resolvê-los?
Enquanto educação for prioridade só no discurso, nada será resolvido. Estamos no meio de uma greve e a desvalorização não é só por parte do governo em função dos salários. A própria sociedade não trata a educação como prioridade. A maior queixa que vejo com relação à greve, é que os pais não têm onde deixar os filhos porque as escolas estão fechadas. A sociedade de hoje, onde pai e mãe geralmente trabalham, transferiu para os professores o papel de criar seus filhos, quando na verdade o professor está ali para passar informação, conhecimento, a formação como cidadão. A educação elementar, a formação como ser humano é papel dos pais; e vejo que muitos não fazem isso, pelo menos de maneira adequada. Enquanto toda a sociedade não compreender qual é a função do professor, todos os outros problemas, como violência, estrutura precária, falta de motivação (de professores e alunos) vai continuar. Falta um verdadeiro pacto entre sociedade, Estado e profissionais da educação. Enquanto isso não ocorre, convivemos com greves, brigas nas escolas, professores doentes física e psicologicamente, alunos sendo aprovados sem um conhecimento mínimo para sua vida pós-escolar.

12 – Você acha importante ensinar Educação Patrimonial aos alunos? Por quê?
Esta é uma das minhas áreas favoritas. Gosto muito de viver em Brasília, e como Patrimônio Cultural da Humanidade, ela proporciona um debate muito rico sobre esta questão. A cidade foi criada com uma proposta única de convivência que não foi compreendida por quem é de fora, e mesmo por quem é daqui, e em função disto suas características mais importantes vão se perdendo. A Educação Patrimonial é um meio para se compreender não só porque a cidade ganhou um título da UNESCO, mas porque temos de cuidar do que é público. A sociedade capitalista é muito individualista, as pessoas só querem cuidar do que é “meu”, e acham que o público não tem dono, quando na verdade é “nosso”. Viver em sociedade não é cada um no seu cantinho. É compartilhar o que a cidade oferece, e fazer o que estiver ao alcance para preservar.

13 – Como é a metodologia usada para ensinar Educação Patrimonial aos alunos? São feitos exercícios manuais (desenhos, esculturas, maquetes, etc), questionários, descrições verbais, escritas, vídeos, peças teatrais, visitas a museus, etc?
Em 2010 lecionei Parte Diversificada (PD) para turmas de 5ª e 6ª série no CEF 02. Foi ótimo, pois era o cinquentenário de Brasília, havia muito material e não estava preso ao conteúdo de História. Trabalhei metade do ano com toda sorte de atividades, desde textos e vídeos até a produção de maquetes e pesquisas sobre as cidades do DF. Os alunos produziram bastante. Fiquei devendo uma visita à Esplanada, que estava planejada, mas o receio com o mau-comportamento de alguns acabou sendo um empecilho. Mas ver “in loco” é parte fundamental deste tipo de trabalho.

14 – De que forma a escola apoia este processo de aprendizagem de Educação Patrimonial?
Tive outras oportunidades de trabalhar este tema, onde a escola deu apoio material dentro das condições possíveis. A própria escola pode ser muito favorecida com este processo, pois cuidar do ambiente mais próximo é parte da Educação Patrimonial. Um maior envolvimento com outros professores seria importante, mas nem sempre ocorreu.

15 – Você acha importante a abordagem deste tema no projeto pedagógico?
Sim, porque daria condições para continuidade do projeto. Há uma rotatividade muito grande entre professores nas escolas. Às vezes um projeto é interrompido porque o professor fica excedente para o ano seguinte e vai para outra escola. Se o projeto era dele, a escola perde. Se fizer parte do Projeto Pedagógico, a escola toda vai assumir a tarefa e prosseguir com o trabalho.

16 – Os alunos demonstram interesse e os objetivos de aprendizagem são cumpridos como o esperado?
Esta tem sido a parte mais triste a meu ver. Ano passado eu fiquei seis meses no cargo que ocupo agora novamente. Saí da Administração Regional por divergências políticas e retornei ao CIE para as mesmas séries com as quais havia trabalhado no ano anterior. Após dez anos na mesma escola, onde dei aula nos três turnos, constatei que o interesse, a relação dos alunos com a escola vem piorando a cada ano. É uma luta ter uma parcela cada vez maior de alunos que não ligam a mínima para o que significa estar ali. Alunos que estão concluindo o Ensino Médio. Eu sempre tive um orgulho muito grande em dar aula por dez anos seguidos no CIE, escola onde estudei, me formei e voltei logo após concluir a faculdade. A cada ano eu fazia de tudo para permanecer na escola, mas em 2012 vi que não dava mais e saí naturalmente. Fui dar aula na primeira escola onde trabalhei, em São Sebastião, um lugar longe de casa. Foi uma experiência revigorante. Peguei turmas de 1º ano em uma cidade carente, mas com uma vontade muito grande. Após vários anos, eu me sentia bem dando aula. Havia uma parceria com as turmas. Mais do que salário alto e boa estrutura, o que eu mais sentia falta era de ter turmas onde o trabalho fluía. Por ironia do destino, a distância e o horário atrapalhavam bastante, pois ia de manhã e a noite. Com a mudança de Administrador Regional no Cruzeiro, fui convidado a voltar para a Gerência de Cultura. A paixão pela cidade falou mais alto e reassumi o cargo. Mas quando tiver de voltar para sala de aula, sei que vou querer voltar para São Sebastião. Devo isso àquela escola. Tinha a certeza de que cumpriria os objetivos ali. Por um mês senti o gostinho bom de dar aula com motivação para turmas interessadas.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Eu voltei


Afinal retornei. Há duas semanas retornei para Gerência de Cultura do Cruzeiro. Nunca quis sair, mas as condições no ano passado me levaram a agir em nome da coerência e pus o cargo à disposição. Felizmente o mundo dá voltas, as coisas mudam e recebi a tarefa que eu queria mais uma vez. Agradeço pela oportunidade e pelo voto de confiança. Com uma nova gestão à frente da Administração Regional do Cruzeiro sei que terei condições, junto com todos os colegas, de realizar um trabalho que deixe marcas positivas em prol da cultura local.

Muito obrigado a Deus por permitir que tudo acontecesse como aconteceu, com um grande aprendizado, e por me dar forças quando estive mais angustiado.
Muito obrigado aos companheiros da Zonal do PT Cruzeiro pela indicação. Esta era uma função que eu almejava, mas que só realizaria em um governo nosso. Trabalharemos juntos para que este governo deixe marcas positivas em nossa comunidade.
Muito obrigado aos amigos do segmento cultural que endossaram minha indicação e acreditam na minha capacidade. Vocês serão um dos alicerces desta tarefa.
Muito obrigado aos alunos do Centrão de São Sebastião onde lecionei por apenas um mês. Foi uma convivência breve, mas que marcou, e levarei a lembrança dos bons momentos em sala de aula.
Estou de volta, e com o maior pique para desempenhar esta função. É um grande prazer ser o Gerente de Cultura do Cruzeiro, e além de agradecer, vou fazer de tudo para corresponder às expectativas.
Saudações cruzeirenses.
Rafael Fernandes

domingo, 18 de março de 2012

Minhas camisas do Botafogo

Minhas camisas do Botafogo

Há tempos queria catalogar minha coleção. Todo ano acabo comprando pelo menos uma camisa nova do Botafogo, quando não compro mais de uma. Tenho mantido esta média desde 1994 e com isso alcancei uma modesta quantidade de 38 camisas. É pouco se comparado a grandes colecionadores por aí, mas é um motivo de orgulho. No álbum acima estão todas elas. É só clicar. Predominância para as listradas, mas muitas brancas, outras pretas, e também em azul. Valeu Fogão!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Deu no DODF (II)

Publicado hoje no Diário Oficial do Distrito Federal:


DECRETOS DE 1º DE MARÇO DE 2012.
O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100, incisos III, XXVI e XXVII, da Lei Orgânica do Distrito Federal, resolve:
NOMEAR RAFAEL FERNANDES DE SOUSA para exercer o Cargo em Comissão, Símbolo DFG-14 de Gerente, da Gerência de Cultura, da Diretoria de Serviços, da Administração Regional do Cruzeiro, da Coordenadoria das Cidades, da Secretaria de Estado de Governo do Distrito Federal.

Fica o registro. Em breve falo mais sobre este retorno!

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Bate-papo com escritores (fotos)

É sempre muito legal participar destes eventos. Momento em que trocamos experiências e apresentamos nosso trabalho para um público novo. O Bate-papo ocorreu na quinta a tarde (16/02), junto com as escritoras Janaína Ricco e Cristiane Sobral para alunos da 4ª série do CEF 01 do Cruzeiro. O evento fez parte da comemoração do aniversário do Centro Cultural Rubem Valentim do Cruzeiro Velho, sob a gerência de meu amigo Fábio e foi promovido pela Administração Regional do Cruzeiro. Obrigado a todos que participaram.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Bate-papo com escritores

Participarei do Bate-papo com escritores brasilienses, junto com Cristiane Sobral, Janaína Ricco e Grace. Será no dia 16/02, às 16h no Centro Cultural Rubem Valentim no Cruzeiro Velho; dentro das comemorações do aniversário do espaço. Estão todos convidados. Compareçam!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Minha viagem para a Grécia

Após voltar de São José dos Campos, fiquei uma semana no Cruzeiro e na sequência embarquei para outra viagem: fui conhecer o berço da civilização ocidental, a Grécia. Foi um pacote turístico para curtir as férias ao lado da minha esposa. Mas teria isto algo a ver com o super-herói candango? Claro que sim!
Azul do céu, azul do mar, azul da bandeira...
Juntei o útil ao agradável. A Grécia é um sonho para qualquer professor de História, e foi durante minha graduação que desenvolvi a versão atual das histórias do Dinâmico Erre, quando vários elementos da cultura grega passaram a fazer parte da cronologia do personagem, explicando vários conceitos usados em suas aventuras, como pode ser conferido especialmente no primeiro livro: Dýnamis Érrion.

Na Acrópole de Atenas: o Parthenon.
No passeio pude conhecer especialmente duas cidades citadas no livro. Primeiro a capital Atenas, onde fica a famosa Acrópole. E depois passei um dia em Olímpia, onde eram disputadas as Olímpiadas na Antiguidade, e que no meu livro serviu como base da Sociedade do Ressurgimento de Aristacro Alphestés.
Olímpia, no local onde é acessa a tocha olímpica.
Eu, que estudei três semestres de grego clássico na UnB, tentei praticar um pouquinho do que ainda lembrava. Não fui tão bem assim, mas a curtição era ver o alfabeto grego por todos os lados. O mesmo alfabeto que foi adotado pelos rofeganos e é usado até hoje naquele planeta.
"Delfoi edokan chioi..."
Foi uma semana inesquecível. Conforme caminhava por aquelas colinas e ruínas, lembrava das aulas que ministrei, das que assisti na faculdade, e também do livro de ficção que escrevi. Levei um exemplar do primeiro livro e depois de anos fui reler e recordar as origens do Dinâmico Erre.
Aguardando a conexão em Madrid e lendo Dýnamis Érrion.
Voltei com uma certeza. É preciso prosseguir. Foram dois livros. A trilogia precisa ser fechada. Publicar não dá para garantir ainda, mas este ano irei me dedicar a escrever o terceiro e derradeiro livro de meu personagem. A Grécia me atiçou e me encheu de inspiração.

Dýnamis Érrion 3 vem por aí. Aguardem!