domingo, 17 de outubro de 2010

Feira do Livro 2010

De volta ao Pavilhão do Parque da Cidade depois de dez anos, a Feira do Livro ganhou um espaço mais amplo. Nesta edição fui umas três vezes e pude notar a diferença. Creio que foi positiva, embora nas três vezes em que estive no pavilhão, talvez pelo horário, sempre depois das19h, achei o movimento mais fraco. Senti falta também de estandes de algumas editoras presentes em edições anteriores. Por outro lado, vi alguns estandes exclusivos de autores, o que não havia em anos anteriores.

Vou a Feira todo ano, e já participei dela em estandes, ou da ATL/Sindicato dos Escritores, ou do FAC/Secretaria de Cultura. Nesta edição fui apenas como visitante. Pelo visto a Feira passa por um período de transição, após alguns anos de incertezas. Torço realmente para que ela reconquiste o espaço e o reconhecimento que já teve. Ano que vem, nos seus 30 anos, quero ver a Feira cheia como nos bons tempos.

E para recordar, deixo dois links com um breve histórico de minhas participações, lançando e apresentando livros e revistas do Dinâmico Erre.

sábado, 9 de outubro de 2010

Link do Zine Oficial

Quero agradecer ao Tomaz do Zine Oficial pelo link em sua página para o nosso texto "O rapto do azul". Espero poder alcançar mais pessoas, e especialmente eleitores, para barrarmos a Mulher-Laranja esposa do Coronel Ficha Suja. Valeu!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O rapto do azul.

O uniforme do Dinâmico Erre é azul por uma simples razão: sempre foi minha cor favorita. É também a cor da bandeira da minha cidade, o Cruzeiro. É uma cor que representa liberdade, é uma cor fria, relacionada com introspecção, e uma série de outros significados positivos.

Historicamente, uma outra cor foi associada com um movimento político muito forte: o socialismo. Partidos de esquerda do mundo todo adotaram o vermelho como símbolo, por ser uma cor que representa a luta das classes trabalhadoras contra a opressão burguesa.

No Brasil posterior à Nova República um partido sugiu e adotou a cor vermelha como um símbolo, junto com uma estrela. Em meados dos anos 90, a rivalidade política do Distrito Federal levou a uma luta de cores, a uma polarização: o vermelho contra o azul.

Pois bem. Quero aqui assumir apoio a um dos lados, até para evitar uma comparação que muito me incomodou na eleição de 2002.

O vermelho associado ao PT, como já dito é em função de sua origem ligada ao socialismo. Muitos hoje podem criticar o partido por ter se afastado de sua ideologia fundadora, a ponto de outros partidos surgirem a partir do afastamento de militantes mais à esquerda. Mas o símbolo petista por excelência sempre foi a estrela vermelha.

Na polarizada política candanga, um personagem deu as caras pela primeira vez em 1988, indicado pelo então presidente José Sarney para ser o governador: Joaquim Roriz. O fazendeiro goiano inaugurou então uma marca na política local: o coronelismo do curral eleitoral, típica dos anos de República Velha no Brasil, com um paternalismo discarado, a ponto de muitos de seus eleitores a ele se referirem como "painho" ou "Pai Roriz".

Coube ao PT do Distrito Federal a condição de maior opositor a este modelo na capital federal. A eleição de 1990 foi a primeira da cidade. E tal qual o Brasil, que ficou vinte anos sem votar, quando votou pela primeira vez, votou muito mal. O Brasil elegeu Collor (PRN) em 89 e o DF elegeu Roriz (PTR) em 90. Faço juízo de valor aqui com certeza. Exponho minha opinião. Entendo que a falta de costume com o voto levou a estes disparates.

Em 94, o PT conseguiu vencer e elegeu Cristovam Buarque. Seu governo foi muito bem avaliado, apesar de muitas ressalvas a serem feitas. Para 98, veio o primeiro duelo aberto: Roriz x PT. Não era Roriz x Cristovam, embora o então governador fosse o candidato. O adversário do coronel sempre foi o Partido dos Trabalhadores. Nunca se tratou de uma rivalidade PT x PMDB.

Roriz não tem nem nunca teve partido. Se elegeu no DF primeiro pelo PTR (hoje extinto), foi para o PMDB e agora está no PSC. O Partido de Roriz é ele mesmo. Seu sobrenome. Basta ver o tanto de "Rorizes" que disputam as eleições no DF. É filha, sobrinho, primo e agora até a esposa.
Ele tinha mais era que fundar o PR: Partido do Roriz. É fato que já existe um PR, mas Partido da República para mim é uma redundância. Não são todos os partidos republicanos? Ou existe algum partido monarquista?

Enfim. Roriz faz política para ele mesmo e sua família. O governador dos pobres gosta de pobre sim. Quer todo mundo pobre e votando nele, como reza a cartilha coronelista do século XIX.
Nesta rivalidade, para marcar posição contra o vermelho do PT, seu maior adversário, Roriz adotou uma cor para se opor. Tivesse estudado cores primárias e secundárias, na aula de Artes, teria escolhido o verde como oposição ao vermelho, mas sei lá por que, optou pelo azul para simbolizá-lo.

Nenhuma ideologia, nenhuma historicidade. Azul apenas para se opor ao vermelho. E assim ficou a rivalidade política do DF. Mais intensa que o verde x amarelo de Gama e Brasiliense. E que ultrapassa a insanidade de algumas torcidas organizadas que vão ao estádio para brigar e nem assistem ao jogo de seus times.

Com isso o azul foi usurpado. Minha cor favorita. A cor do Dinâmico Erre, da ARUC, do Cruzeiro. Sem nenhum significado mais profundo. Apenas a cor do coronel que muda de partido como tantos outros políticos oportunistas. O coronel que cheio de processos e de vida pública tão escandalosa, se viu obrigado a se retirar da disputa eleitoral com uma jogada quase inédita e lançou a própria esposa à exposição pública sem nenhum traquejo eleitoral. O azul deveria ser substituído pelo laranja!

É para marcar posição que faço este texto. O Dinâmico Erre, azul e com a letra R por símbolo, estará de roupa nova até o dia 31 de outubro. Até que o azul possa ser associado ao que há de positivo, sem lembrar uma figura tão retrógrada quanto este coronel. Para que o azul possa ser vestido sem envergonhar o que representa, o Dinâmico Erre estará aqui de vermelho.
Por oposição à política da família Roriz meu voto será, mais uma vez na cor vermelha.

Reflexões

Enquanto não dou um jeito para produzir novas histórias do Dinâmico Erre em quadrinhos, eu vou movimentar o blog com textos mesmo. Algumas reflexões que compartilho com vocês que passam por aqui.
A temática do blog é quadrinhos, futebol e rock'n'roll, mas vou falar de outros assuntos que me atraem também.
Para começar, o tema do momento: Política e Eleições.

domingo, 3 de outubro de 2010

Mike Deodato e Rafael


É preciso registrar: Mike Deodato e eu pouco antes de palestra sobre o mercado de quadrinhos e agenciamento da Glass House no domingo dia 19/09 na EpicCon. Na ocasião pude lhe oferecer os dois números da revista do Dinâmico R. Foto da Márcia (Kodama).